Os benefícios do Zinco
A importância e os benefícios do zinco na nutrição humana e na saúde pública:
O zinco é um mineral essencial que se encontra presente em alguns alimentos e suplementos. É necessária a sua ingestão diária uma vez que o organismo não possui reservas. A ingestão diária recomendada é de 15 mg para adultos. Doses mais elevadas geralmente estão reservadas para queixas específicas.
É um mineral essencial, necessário a todas as células do corpo, está concentrado nos músculos, ossos, pele, rins, fígado, pâncreas, olhos e próstata. Desempenha uma função essencial em centenas de processos corporais. O organismo não produz zinco, dependendo de fontes externas para seu suprimento.
A importância do zinco na nutrição humana e na saúde pública foi conhecida há relativamente pouco tempo. A deficiência neste mineral foi descrita pela primeira vez em 1961, quando o consumo de dietas com baixa biodisponibilidade de zinco devido aos fitatos (são provenientes das plantas e interferem com a utilização e absorção dos outros nutrientes) presentes nos alimentos foi associado ao nanismo. Por isso, a deficiência em zinco foi reconhecida como um importante problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento.
O zinco está envolvido em muitas etapas do metabolismo celular. É essencial para a atividade de mais de 300 enzimas e tem um papel importante na função imunitária, síntese proteica, metabolismo dos hidratos de carbono e lípidos, participa nos processos que medeiam o metabolismo de algumas, cicatrização de feridas, síntese do DNA, divisão celular e apoptose, libertação de hormonas (ex. testosterona), transmissão dos impulsos nervosos e promove a ação da insulina
O zinco contribui ainda para o normal crescimento e desenvolvimento durante a gravidez, infância e adolescência
Para além disso, o zinco é um componente essencial para os sentidos do olfato e paladar e tem propriedades antioxidantes
A ingestão de zinco contribui ainda para uma normal função cognitiva, para uma fertilidade e reprodução normal, e para a manutenção de ossos, cabelo, unhas, pele e visão normais. O zinco pode ser encontrado numa grande variedade de alimentos: carne vermelha e de aves, feijão, nozes, marisco (ostras, caranguejo e lagosta), cereais enriquecidos, gérmen de trigo, levedura de cerveja, sementes de abóbora, ovos e laticínios.
Os fitatos presentes no pão integral, cereais, legumes e outros alimentos ligam-se ao zinco e inibem a sua absorção, por isso a biodisponibilidade do zinco a partir de cereais e vegetais é menor do que a partir de alimentos de origem animal.
Alimentos e seu conteúdo em zinco
Alimento | Fitato [% mínimo seco] | Fitato [% máximo seco] |
---|
Linhaça | 2,15 | 2,78 |
Tofu | 1,46 | 2,90 |
Farinha de soja | 1,24 | 2,25 |
Amendoim | 1,05 | 1,76 |
Soja | 1,00 | 2,22 |
Farelo de aveia | 0,89 | 2,40 |
Feijão | 0,89 | 1,57 |
Milho | 0,75 | 2,22 |
Fibra de aveia | 0,60 | 1,42 |
Centeio | 0,54 | 1,46 |
Pão integral | 0,43 | 1,05 |
Aveia | 0,42 | 1,16 |
Trigo | 0,39 | 1,35 |
Cevada | 0,38 | 1,16 |
Grão de bico | 0,28 | 1,26 |
Farinha de trigo | 0,25 | 1,37 |
Arroz polido | 0,14 | 0,60 |
A deficiência em zinco provoca uma alteração na resposta imunitária que contribui para uma maior suscetibilidade a infeções.
Em relação às constipações, foi demonstrado que o zinco é benéfico na redução da duração e gravidade desta situação em pessoas saudáveis.